Na maioria dos prédios antigos de Salvador não existe Sistema de Hidrante Predial, que é composto por reservatórios de água, bombas de incêndio, tubulações, hidrantes, abrigos e registros de recalque. Então, como as guarnições do corpo de bombeiros, principalmente a primeira a chegar ao local sinistrado, dará continuidade à ação de combate, após o fim dos quatro mil litros d’água disponíveis na viatura? Enfim, ninguém tem se preocupado com isso, preferindo não analisar a situação.
Enquanto a sociedade não abrir os olhos e cobrar responsabilidade aos verdadeiros responsáveis por esta cidade, continuarão culpado o professor, o policial, o bombeiro, e os socorristas do SAMU que tem se dedicado e passado por cima das dificuldades da esfera pública para prestar um ótimo atendimento para a sociedade. Neste ano, teremos oportunidade de escolher alguém competente para gerir Salvador, a maioria dos candidatos já tem uma história pública e alguns, uma história péssima e vergonhosa.
Porém, assim como não analisam uma informação passada pelos jornais, não analisam a história de cada candidato a prefeito e vereador (a) para esta cidade. Se isso mais uma vez acontecer, seremos pegos, mas não de surpresa – avisado já está – por grandes tragédias. Com isso, posso concluir parabenizando os bombeiros que atuaram com êxito na extinção do incêndio ocorrido hoje no Instituto do Cacau mesmo com todas as dificuldades estruturais próprias, do antigo prédio e do bairro do Comércio.
Leandro de Assis
Professor, escritor, poeta e bombeiro militar
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