quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Primeiro Cão de Resgate do Corpo de Bombeiros da Bahia é aposentado



        A primeira vez que um cão foi utilizado para o resgate de seres humanos foi na segunda guerra mundial, após isso houve estudos e aprimoramentos de técnicas para o adestramento dos cães de resgate. As ocorrências mais conhecidas com cães, antes do ataque ao Word Trade Center, são os terremotos do México (1985), El Salvador (1986) e Argélia (1999). Após o ataque as torres gêmeas, onde os cães também foram utilizados, as instituições passaram a investir mais no treinamento de pessoas para trabalhar com cães de resgate e é lógico, investir de forma mais responsável nos cães.

       No Brasil, até pouco tempo, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina eram os únicos estados a treinarem cães para o resgate, além deles, o Distrito Federal. A atividade de salvamento com cães passou a ser utilizada na Bahia em 2008 e o labrador Apollo foi o primeiro cão a ser utilizado nas operações. Apesar da história recente, a Bahia já desponta no cenário nacional e até internacional pela qualidade dos trabalhos e cursos que vem sendo desenvolvidos e Apollo é o grande responsável por toda essa notoriedade que a Bahia conquistou em apenas quatro anos.

      Para os leigos, 4 anos parece pouco tempo, mas para um cão, só para fazer uma comparação, isso representa 46 anos na idade humana. Mas Apollo não nos deixará órfãos, além das 17 ocorrências no currículo, incluindo o desastre no Haiti, ele foi instrutor de mais de 10 cães, e hoje eles estão a serviço da sociedade baiana no BRESC (Busca Resgate e Salvamento com Cães) que é um subgrupamento do 10º Grupamento de Bombeiros Militares localizado em Simões Filho e conta com guerreiros que estão em constante treinamento e aperfeiçoamento para lhe dar com cães de resgate.

      É hora do nosso herói descansar, suas missões firam cumpridas com êxito, já faz parte da história da Corpo de Bombeiros Militares da Bahia e da vida dos profissionais que tiveram a honra de trabalhar com ele, que choraram o oraram muito quando ele foi ferido em serviço, quando uma placa de concreto do prédio que desabou em Pernambués caiu sobre ele fazendo-o perder 2 litros de sangue, passar por três cirurgias e 15 dias de internamento, só quem já sofreu a morte de um amigo sabe o que é perder um cão que está ao seu lado todos os dias e é fiel a você, mas graças a Deus e a luta do Capitão Guanais e sua equipe Apollo sobreviveu, voltou a atuar e agora está aposentado.

Abaixo: Imagens do simulado de resgate com cães em estruturas colapsadas

Referências:

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